"No que diz respeito à iniciativa [de paz] africana, Washington e Londres provavelmente não podem aceitar, como já declararam repetida e publicamente, nada além da chamada fórmula de paz de Zelensky, que eles estão inserindo de todas as formas em todos os documentos do G7 [Grupo dos Sete], da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e da UE [União Europeia], exigindo que todos a sigam", disse Lavrov.
"Zelensky declarou, há três ou dois anos, que se alguém se sente russo entre os cidadãos ucranianos, então, para o bem do futuro de seus filhos e netos, 'vá para a Rússia' [...] Danilov e Podolyak disseram [...] que, após a recuperação da Crimeia e dos territórios do leste da Ucrânia, eles exterminariam tudo o que é russo lá, inclusive até a eliminação física dos cidadãos russos."
"Esse é um processo objetivo, que vai ganhar impulso, e acreditamos que vai ter um efeito saudável na economia mundial, no comércio internacional e nos laços econômicos e de investimento", disse ele.
"A transferência para pagamentos em moedas nacionais vai ser de importância prática e o futuro vem atrás disso. Não se trata apenas da África, mas também da América Latina, de nossos parceiros na Ásia, do Irã, da Índia e da China", acrescentou Lavrov.
"Quanto à nossa resposta, não tenho dúvidas de que nossas Forças Armadas têm a capacidade de responder a isso", disse o diplomata.
"Aqui, acima de tudo, há um desejo de agradar à hegemonia. Esses países estão seguindo ativamente a linha de Washington nos assuntos europeus", enfatizou Lavrov.