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Brasília: Lula convoca reunião de emergência e tem ligação com Lira para tentar evitar novo revés

Governo Lula tem tido dificuldade com um Congresso que, em sua maioria, é composto pela oposição. Além dessa resistência, também não está encontrando apoio entre partidos que a própria gestão indicou para administrar os ministérios.
Sputnik
Na terça-feira (30) à noite a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que limita a demarcação de terras indígenas por 283 votos a 155, com apenas uma abstenção, conforme noticiado.
A ação marca mais uma derrota para o governo Lula, que tem visto sucessivas propostas da gestão não sendo aprovadas ou sofrendo retrocesso no Congresso, como foi o marco temporal.
Após a aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta manhã os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, para uma reunião no Palácio da Alvorada em caráter de urgência segundo o jornal O Globo.
Os ministros são os nomes responsáveis pela articulação política do governo com o Congresso.
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Lula também telefonou ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e deve se reunir com o deputado ainda nesta quarta-feira (31). De acordo com o G1, o mandatário tentará reverter as derrotas já concretizadas em votações na Casa e evitar uma ainda mais grave: a rejeição ou perda de validade da MP que reestrutura os ministérios.
O texto perde validade nesta quinta (1º) se não for aprovado em definitivo pelos plenários da Câmara e do Senado. Se isso acontecer, o governo perde a estrutura atual com 37 ministérios e fica obrigado a retomar as 23 pastas do mapa deixado pelo governo Jair Bolsonaro.
Ainda sobre o marco temporal, o jornal relata que partidos como o MDB, PSD e União Brasil, que comandam ministérios na gestão Lula, deixaram, mais uma vez, de entregar os votos a favor do governo.
As siglas contribuíram para a aprovação do projeto e entregaram 83% de seus votos em direção contrária aos interesses do Palácio do Planalto.
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Outro assunto nos bastidores que vem amplificando a dificuldade entre Legislativo e Executivo é a disputa local de Alagoas entre Lira e o senador da base, Renan Calheiros. Lira ficou irritado com uma publicação de Calheiros no Twitter o acusando de várias coisas.
O presidente da Câmara fez chegar ao Planalto o recado de sua insatisfação, que foi interpretado pelo governo como um pedido para retirar o filho de Calheiros, Renan Filho, do Ministério dos Transportes, em troca da tramitação da MP.
Também no Twitter, Lira negou que tenha pedido a substituição de Renan Filho.
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