Os valores foram empenhados na terça-feira (30), segundo o G1, mesmo dia em que o texto que limita demarcação de terras indígenas foi aprovado no Congresso. Nesta quarta-feira (31), deputados e senadores votarão a MP da Esplanada, outro projeto prioritário para o governo, já que define a organização dos ministérios.
O texto perde validade nesta quinta-feira (1º) se não for aprovado. Se isso acontecer, o governo perde a estrutura atual com 37 ministérios e fica obrigado a retomar as 23 pastas do mapa deixado pelo governo Bolsonaro.
Até a segunda-feira (29), o governo tinha liberado R$ 3,16 bilhões em emendas. Até o dia 30, a soma chegou a R$ 4,87 bilhões, afirma a mídia.
O governo tem tido dificuldade com um Congresso que, em sua maioria, é composto pela oposição. Além dessa resistência, também não está encontrando apoio entre partidos que a própria gestão indicou para administrar os ministérios.
Após o marco temporal ter sido aprovado ontem (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta manhã ministros da Casa Civil, das Relações Institucionais e o líder do governo na Câmara para uma reunião no Palácio da Alvorada em caráter de urgência. Os ministros são os nomes responsáveis pela articulação política do governo com os parlamentares.
O presidente também ligou para o líder da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por conta dos revezes e da MP que está para ser votada.
Lira teria alertado Lula que o governo precisa mudar a sua articulação política com o Congresso e passar a exigir que partidos aliados votem a favor das pautas do Executivo, segundo o blog de Valdo Cruz no G1.
Os dois combinaram um encontro pessoal, mas problemas de agenda podem impedir que essa reunião aconteça ainda nesta quinta. De qualquer forma, a ligação de Lula para Lira já foi o primeiro passo em busca de solucionar o embate, relata a mídia.