De acordo com os dados sul-coreanos, a falha no lançamento foi causada pelo fato de que, no passado, a trajetória do voo era reta, mas dessa vez a Coreia do Norte definiu a trajetória com uma inclinação para o oeste e, em seguida, fez uma "mudança insuportável na trajetória", desviando o curso para o leste, o que resultou em um problema técnico.
Além disso, a inteligência sul-coreana acredita que, devido à pressa após o lançamento bem-sucedido do foguete Nuri com oito satélites pela Coreia do Sul no final de maio, seu vizinho do norte se apressou e encurtou os preparativos para o lançamento, e até mesmo o realizou a partir de um novo espaçoporto inacabado.
O processo de preparação para o lançamento do satélite, que normalmente leva 20 dias, foi reduzido para poucos dias nesta vez, segundo o artigo.
De acordo com a inteligência, Pyongyang provavelmente mudará seu local de lançamento para a base de lançamento espacial Sohae, usada em 2016 e "cuja confiabilidade foi confirmada", no caso de um segundo lançamento de foguete.
A inteligência da Coreia do Sul concordou com alguns especialistas que vai levar mais do que algumas semanas para verificar e eliminar os defeitos no motor, mas observou que, se o defeito for pequeno, não se pode descartar um lançamento mais cedo.
Também foi relatado que o líder do país, Kim Jong-un, provavelmente assistiu ao lançamento de um posto de observação a 1,3 quilômetro da plataforma de lançamento, onde foram vistos carros, toldos e outras infraestruturas.
A Coreia do Norte informou anteriormente que o satélite de reconhecimento militar Malligyong-1 (Telescópio-1) foi lançado ao espaço em 31 de maio às 6h27 (18h27 de 30 de maio, no horário de Brasília), mas no arranque do motor do segundo estágio do novo foguete propulsor Chollima-1 surgiu um problema, o que fez com que o foguete caísse no mar Amarelo.
As autoridades citaram como motivos a instabilidade do novo sistema de propulsão do foguete e as características do combustível usado, enfatizando que o segundo lançamento será realizado "em um futuro próximo", assim que for possível corrigir o problema técnico.
Também em fevereiro, foi revelado que a Coreia do Sul planeja lançar seu primeiro satélite de reconhecimento militar em novembro, como parte de um projeto para implantar um total de cinco satélites até meados da década.