A República Tcheca já foi membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU em 1994-1995.
"A República Tcheca pretende se candidatar a um assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU em 2032-2033. Isso deve ser decidido em 2031. Tal ocorre porque estamos vivendo em um momento em que a Rússia está perturbando a ordem mundial, atacando a própria essência da civilização europeia, e nós, a República Tcheca, um país da Europa Central, sentimos a responsabilidade de defender a Carta da ONU", disse Lipavsky em uma coletiva de imprensa.
O ministro das Relações Exteriores lembrou que a Tchecoslováquia, o país predecessor composto pela República Tcheca e a Eslováquia até 1993, foi um dos membros fundadores da ONU; o então ministro das Relações Exteriores, Jan Masaryk, assinou a Carta da ONU como ato de fundação.
"Queremos contribuir para a manutenção da ordem e da segurança internacionais, bem como para a proteção dos direitos humanos. Estamos prontos para participar da segurança mundial por meio de nossa participação no Conselho de Segurança da ONU", enfatizou Lipavsky.
As relações entre a Rússia e a República Tcheca se deterioraram gravemente depois que Praga acusou Moscou, em abril de 2021, do envolvimento de agentes dos serviços secretos russos no bombardeio, em 2014, de um depósito de munições no vilarejo de Vrbetice.
Em resposta, 18 diplomatas russos foram expulsos da República Tcheca, ao que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia respondeu com a expulsão de 20 funcionários da embaixada tcheca em Moscou.
Depois de 24 de fevereiro do ano passado, o gabinete de Ministros tcheco fechou dois consulados-gerais russos em seu país e congelou temporariamente as atividades de seus consulados-gerais na Rússia.