Operação militar especial russa

Tenente-general americano: OTAN é mais forte, mas ainda não está pronta para confronto com Rússia

Aliança Atlântica fez grande progresso, especialmente com a adesão da Finlândia, mas continua incapaz de responder adequadamente a um potencial ataque russo, afirmou o tenente-general reformado Ben Hodges, ex-comandante do Exército dos EUA na Europa.
Sputnik
Hoje (31), durante a conferência Globsec em Bratislava, o tenente-general reformado alertou que no caso de um confronto, a Organização do Tratado do Atlântico Norte teria que proteger não apenas as cidades portuárias, mas toda a Europa, relatou a agência de notícias polonesa Niezalezna. De acordo com ele, a OTAN ainda não está pronta para uma potencial guerra com a Rússia.
Durante seu discurso, ex-comandante americano reconheceu que a OTAN tinha feito progressos significativos, incluindo países-membros individuais.
"No entanto, ainda estamos muito longe de onde deveríamos estar se quisermos lutar contra o ataque russo", disse ele.
Segundo Hodges, embora a OTAN tenha se fortalecido com a adesão da Finlândia, a aliança ainda é incapaz de mostrar a Moscou a capacidade de enviar rapidamente tropas. Como exemplo, ele citou as ferrovias estatais alemãs, que tinham apenas vagões de carga suficientes para transportar uma brigada e meia blindada simultaneamente.

"Isso é tudo o que podemos fazer, 1,5 tripulação, e devemos ser capazes de mover dez ou 12 de cada vez", explicou Hodges.

Na conferência, ele também chamou a atenção para a guerra eletrônica, durante a qual, disse ele, a Rússia está indo muito bem.

"Qualquer um que fale em um telefone ou rádio desprotegido será morto dentro de três a quatro minutos. Nenhum desses grupos de combate fortificado pode falar com segurança com qualquer outra pessoa do grupo de combate americano na Polônia", admitiu o general.

Segundo a sua avaliação, a OTAN tem agora de levar a sério a questão da interoperabilidade, dos arsenais de munições, da defesa antiaérea e antimíssil.

"Os russos mostraram claramente que usarão armas de precisão multimilionárias contra edifícios residenciais. Portanto, não se trata apenas da proteção de Gdansk, Klaipeda ou outros aeroportos e portos marítimos – trata-se da proteção de 500 milhões de cidadãos europeus. Não estamos prontos para isso", resumiu.

Panorama internacional
Ocidente pensa que Ucrânia está por trás da série de ataques na Rússia, apesar das negações de Kiev
Comentar