Panorama internacional

Moscou: 'BRICS é uma das principais plataformas para proteger os interesses e soberania nacionais'

O BRICS está avançando e demonstrando sua força e relevância. É provavelmente o centro de gravidade do mundo multipolar e muitos países estão interessados em aderir ao BRICS, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, nesta quinta-feira (1º) aos jornalistas na Cidade do Cabo.
Sputnik
Ryabkov também observou a importância de todos os países que enviaram especialistas e negociaram o documento final não estarem apenas comprometidos com o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), mas demonstrarem um forte compromisso e compreensão clara de que esse é um dos principais formatos modernos, uma plataforma importante.

"[A cúpula do BRICS] é uma das principais plataformas a serem usadas para proteger os interesses e a soberania nacionais", sublinhou ele.

O vice-ministro também comentou a expansão do BRICS, sublinhando que essa questão tem sido discutida desde há algum tempo, mas que não era o momento certo para indicar países específicos.

"Há vários candidatos muito fortes para membros do BRICS, entre eles a Arábia Saudita. Apoiamos, sem dúvida, a sua candidatura e envidaremos todos os esforços para que o processo de definição dos parâmetros e critérios de admissão de novos membros não demore muito", enfatizou Ryabkov.

Além disso, Sergei Ryabkov disse que os relatos de que a cúpula dos BRICS pode ser transferida da África do Sul para a China são desinformação e não devem ser tidos em conta.

“Não tenho nenhuma base em meus contatos com meus colegas da África do Sul e da China para operacionalizar esse assunto de forma alguma. Esse não é o tema que estamos discutindo aqui", disse ele aos repórteres na Cidade do Cabo.

Mas, ao mesmo tempo, Sergei Ryabkov declarou que o BRICS não deve aceitar como novos membros países que aderiram às sanções contra a Rússia.
Segundo ele, "vemos aqui na África do Sul que há muitos que estão lançando todos os tipos de versões e narrativas no espaço da mídia".
"Trabalhamos com calma, de acordo com o esquema que é conhecido: a cúpula em Joanesburgo este ano, no próximo ano em Kazan", disse o vice-ministro.

"Muito provavelmente, esta é uma tentativa de complicar o trabalho normal no formato BRICS, uma tentativa de impor algum tipo de agenda falsa", acrescentou Ryabkov.

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