Panorama internacional

Casa Branca: mundo adentra nova era e exige novas estratégias para prevenir corrida armamentista

O mundo está entrando em uma nova era que exige novas estratégias para evitar uma corrida armamentista e reduzir o risco de percepção equivocada e consequente escalada de conflitos, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, nesta sexta-feira (2).
Sputnik
"Hoje, estamos entrando em uma nova era, que exige novas estratégias e soluções para alcançar os objetivos que sempre tivemos: evitar uma corrida armamentista, reduzir o risco de percepção equivocada e escalada e, o mais importante, garantir a segurança e a proteção de nosso povo e de todo o mundo, da ameaça nuclear", disse Sullivan em um discurso na reunião anual da Associação de Controle de Armas.
O conselheiro do governo norte-americano acusou a Rússia de desferir um golpe na estrutura de controle de armas nucleares do pós-Guerra Fria enquanto alegou que a China, por sua vez, optou por não entrar em diálogo sobre o assunto.
"Os Estados Unidos estão dispostos a se engajar em novos esforços multilaterais de controle de armas, inclusive por meio dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU [CSNU], o P5: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França", disse Sullivan.
O conselheiro observou que alguns dos Estados-membros permanentes do CSNU têm acordos entre eles, como o acordo de notificação de lançamento de mísseis balísticos EUA-Rússia, mas mais esforços devem ser feitos sobre o assunto.
Notavelmente, Sullivan pediu a assinatura de acordos de transparência e diálogo e a formalização de um regime de notificação de lançamento de mísseis entre os EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
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EUA e 'ameaças' nucleares

Ele também citou "ameaças nucleares crescentes" da China e do Irã como motivo de preocupação, mas acrescentou que "os Estados Unidos não precisam aumentar nossas forças nucleares apenas para superar o total combinado de nossos concorrentes a fim de detê-los com sucesso".
"Declaramos nossa disposição de nos envolver em discussões bilaterais de controle de armas com a Rússia e com a China sem pré-condições", afirmou.
Sullivan acrescentou que acredita que a resposta de Washington a Moscou suspendendo o Tratado Novo START foi "legal, proporcional e reversível" e mostraria à Rússia os benefícios de retornar ao cumprimento total do tratado.
"Estamos preparados para cumprir os limites centrais do Tratado Novo START, e os russos indicaram que também estão dispostos a fazê-lo [...] concordamos com a posição russa", disse ele.
Além disso, a autoridade afirmou que os EUA estão prontos para iniciar negociações com a Rússia sobre gerenciamento de risco nuclear e uma estrutura de controle de armas pós-2026 e que a China poderia se envolver em diálogos com Washington sobre a matéria.
"Acredito que a RPC [República Popular da China] poderia tomar a decisão ousada de se envolver diretamente com os Estados Unidos em discussões sobre estabilidade estratégica e risco nuclear e que seria a coisa responsável a fazer em benefício de nossos dois países", disse Sullivan.
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