De acordo com a Bloomberg, Sunak enviou um ministro do Comércio a Hong Kong, nas últimas semanas, para lidar com mais divergências com Pequim a portas fechadas, visita que vai ser sucedida pela viagem à China do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, nos próximos meses.
Apesar dos esforços, o líder britânico não conseguiu qualquer demonstração pessoal de engajamento, como no caso dos líderes da França, Alemanha e Espanha, que viajaram à China para se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, desde que ele garantiu um terceiro mandato como líder em outubro.
Segundo fontes mencionadas pela mídia, é improvável que o primeiro-ministro visite Xi em Pequim antes da próxima eleição geral do Reino Unido e por alguns fatores. Dentre eles, o equilíbrio político de ter de lidar com China e EUA em momento de mudança no jogo geopolítico internacional pós-Brexit.
"Sunak não é um primeiro-ministro poderoso e a direita conservadora certamente impõe restrições ao que ele pode fazer, tanto em termos de imigração quanto de relações com a China", disse o diretor do China Institute na SOAS University em Londres, Steve Tsang. "Pequim espera que Londres fique mais perto de Washington e, portanto, menos propensa a fazer algo parecido com o que Macron fez na China, de qualquer maneira", declarou.
Quando visitou Pequim, em abril, a sugestão do presidente francês, Emmanuel Macron, de que a União Europeia (UE) deveria evitar ser arrastada para uma disputa dos EUA com a China sobre a ilha autogovernada de Taiwan provocou indignação em grande parte das lideranças ocidentais.
Um porta-voz do Gabinete de Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido e o escritório de Sunak se recusaram a comentar o caso.
Desde 2018, não há reuniões presenciais entre os principais líderes britânicos e chineses. Uma possível reunião entre Sunak e Xi na reunião do G20, em novembro de 2022, foi abruptamente cancelada, enquanto a última chamada pública entre os líderes das nações foi com o então primeiro-ministro Boris Johnson, há mais de um ano.