"Cessação das hostilidades com base na neutralidade da Ucrânia sem garantias claras de segurança da OTAN seria claramente um resultado desagradável para a liderança de Kiev, no entanto esta é uma maneira realista para a Ucrânia cessar rapidamente as hostilidades, parando a morte diária de pessoas e destruição de suas cidades. Eventualmente, esta poderia ser a melhor garantia de sua segurança a longo prazo", escreve o especialista militar.
Davis baseia-se principalmente nos interesses de segurança dos EUA e do Ocidente, chamando a concessão de garantias de segurança a um país que manterá em um futuro próximo relações tensas com um Estado nuclear de um grau extremo de insanidade.
De acordo com o tenente-coronel, os EUA devem continuar a demonstrar que não querem ser envolvidos no conflito militar e a não dar à Ucrânia esperanças imaginárias a esse respeito.
"Acreditar que os EUA estarão dispostos a arriscar uma guerra nuclear com a Rússia por causa da Ucrânia dá a Kiev falsas esperanças, implicando risco de prolongação das hostilidades. Chegou a hora de sermos honestos com nós mesmos e com a liderança da Ucrânia, e nos concentrarmos em maneiras eficazes de acabar com esse conflito, garantindo a segurança nacional dos EUA indefinidamente", concluiu Davis.
Em setembro de 2022, a Ucrânia solicitou a adesão à OTAN de maneira acelerada. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou está monitorando de perto a situação, lembrando que a orientação de Kiev para aderir à OTAN foi uma das razões para a operação militar especial russa na Ucrânia.