"Primeiro, isso não foi uma surpresa para nós [...] Eles [os americanos] avisaram oficialmente, embora o tenham feito em sua maneira, que se tornou recentemente habitual, de estabelecer condições – da série 'você tem que fazer algo, então não haverá tais medidas'. Mas é claro que a linguagem dos ultimatos não funcionará conosco", disse Ryabkov.
Segundo ele, a decisão de Moscou de suspender o Tratado Novo START é inabalável, quaisquer que sejam as contramedidas americanas.
"E nossa própria condição para um retorno ao pleno funcionamento do Tratado é a rejeição pelos EUA da política fundamentalmente hostil em relação à Rússia", acrescentou ele.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia também declarou que as afirmações recentes do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, sobre o controle de armas possuem uma carga destrutiva e visam continuar a linha de Washington de quebrar o equilíbrio de interesses.
Em resposta à pergunta se as contramedidas dos EUA relativamente ao Novo START poderiam exacerbar a situação do controle de armas, o diplomata observou que "já é extremamente aguda".
"E por culpa dos Estados Unidos, muitos elementos da arquitetura anterior nesta esfera ou foram completamente destruídos ou foram colocados em um estado semiletal", enfatizou Ryabkov.
A partir de 1º de junho, Washington suspendeu a transmissão a Moscou de informações sobre o status e a localização das armas estratégicas americanas que se enquadram no Novo START.
Os Estados Unidos também estão cancelando os vistos emitidos aos especialistas russos para realizar inspeções sob o Tratado Novo START e não emitirão novos vistos. Além disso, Washington não fornecerá a Moscou informações telemétricas sobre lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais americanos.