O especialista em mercado de energia, Seyed Hamid Hosseini, disse ontem (3) que a República Islâmica está caminhando para se tornar um centro de gás na região do Oriente Médio ao retomar as importações do Turcomenistão.
Hosseini afirmou que qualquer tipo de troca de energia com os países vizinhos promove a posição do Irã no mercado mundial de gás e aumenta sua participação no comércio de gás, segundo a agência Tasnim.
A ampliação do comércio de gás com os vizinhos também melhora a transmissão de energia no país, enfatizou.
"No inverno passado, enfrentamos uma escassez de gás no país, principalmente na parte nordeste, que fica perto do Turcomenistão. Podemos atender parcialmente às nossas necessidades de gás importando de Asgabate este ano."
Hosseini, que é membro da União dos Exportadores de Petróleo, Gás e Produtos Petroquímicos do Irã (OPEX, na sigla em inglês), observou ainda que as importações de gás do Turcomenistão também ajudarão a fornecer matéria-prima para os complexos petroquímicos do país. O analista também acrescentou que Teerã deveria ter desenvolvido suas relações com o Turcomenistão no setor de gás nos anos anteriores.
A importação diária de dez milhões de metros cúbicos de gás começará em breve, entre junho e julho, disse o ministro do Petróleo do Irã, Javad Owji no fim de maio, de acordo com a mídia.
O ministro também afirmou que o Turcomenistão é o quarto maior produtor mundial de gás com ricas reservas do combustível, e que o Irã tem capacidade de receber entre 40 milhões e 50 milhões de metros cúbicos de gás diariamente para importar e transferir gás em suas fronteiras.
Voltando-se para a dívida anterior entre Teerã e Asgabate por importações de gás, Owji enfatizou que a dívida de US$ 1,65 bilhão (R$ 8,18 bilhões) foi totalmente paga em cooperação com o Banco Central do Irã.