A publicação revela que a Oranjewoud, uma empresa de pesquisa, investigou as condições de quatro edifícios localizados na zona afetada pelo terremoto de 2003.
A empresa encontrou "mudanças estruturais" após a inspeção e disse que é necessário tomar medidas urgentes.
O relatório observou que "a segurança dos edifícios está seriamente comprometida". No entanto, um ano antes do terremoto, estudos já haviam demonstrado que as casas não eram seguras.
Os resultados do estudo foram encaminhados ao ministério, que disse na época que o relatório da empresa foi discutido em uma reunião do Comitê Técnico sobre Processos de Movimentação do Solo, onde um representante do ministério também estava presente.
Quando questionado, o ministério disse que não tinha conhecimento de nenhuma solicitação de ação urgente.
O ministério pensava que o então ministro da Economia foi informado sobre o relatório anual do comitê só em "termos gerais". De qualquer forma, a investigação da Oranjewoud não levou a uma ação mais abrangente em Groningen.
O campo gigantesco de gás na província de Groningen, no norte dos Países Baixos, foi descoberto em 1959 e sua exploração começou em 1963.
O campo tinha reservas iniciais de gás de 2,9 trilhões de metros cúbicos. Por muitos anos, o campo foi a principal fonte de suprimento de gás para o noroeste da Europa, mas, devido a vários terremotos na província na década de 1990, as autoridades holandesas decidiram limitar gradualmente a produção.
Esperava-se que o campo de gás fosse fechado entre 2025 e 2028, mas as autoridades anunciaram recentemente sua intenção de fechá-lo permanentemente até 2024.