"A partir de agora, os especialistas da AIEA no local [...] me reportarão, na qualidade de diretor-geral, sobre a observância desses princípios, e eu informarei publicamente sobre qualquer violação a eles", disse o diretor-geral da agência ao Conselho dos Governadores, em seu discurso publicado no site oficial da AIEA.
Grossi propôs anteriormente que o Conselho de Segurança da ONU endossasse cinco princípios para a segurança da usina nuclear de Zaporozhie:
não permitir um ataque à usina ou a partir dela;
não colocar nela armas pesadas e militares que possam ser usados para atacar a partir da usina;
não colocar em risco o fornecimento de energia à usina;
proteger todas as estruturas e sistemas que garantam a operação segura da usina;
não tomar nenhuma medida que prejudique esses princípios.
A AIEA informou que ambas as partes expressaram apoio ao trabalho da agência para garantir a segurança nuclear na usina nuclear de Zaporozhie.
Hoje Rafael Grossi também deu uma coletiva de imprensa na qual saudou a prontidão do lado russo em facilitar a presença de observadores da agência na usina nuclear de Zaporozhie.
"Recebemos bem os comentários de que a administração da Rússia, que está no controle efetivo da estação [usina nuclear], estaria acumulando uma presença maior [de nossos especialistas]", disse ele aos repórteres.
A usina nuclear de Zaporozhie é a maior usina nuclear da Europa, com seus seis reatores capazes de gerar até seis gigawatts de energia – o suficiente para abastecer mais de 1,8 milhão de lares europeus médios.