Panorama internacional

Especialista: corte na produção de petróleo pelos sauditas acelerará déficit no mercado

A decisão da Arábia Saudita de cortar a produção em um milhão de barris por dia (bpd) pode compensar os esforços dos EUA para liberar petróleo das reservas estratégicas e acelerar o déficit no mercado, comentou um especialista financeiro da BCS World Investment à Sputnik.
Sputnik
A aliança OPEP+ anunciou uma extensão de seu acordo até 2024 e uma redução de sua meta total de produção de petróleo em 1,4 milhão de bpd a partir do próximo ano, após uma reunião em 4 de junho.
Além disso, os cortes de produção adicionais, chamados de voluntários, realizados por países individuais continuam e são mesmo transferidos para o próximo ano.
Isso inclui a Rússia e a Arábia Saudita com 500.000 bpd cada, com Riad anunciando um corte reforçado de um milhão de bpd para julho, com a possibilidade de uma extensão.

"Essa redução pode anular todos os esforços dos Estados Unidos para liberar petróleo das reservas estratégicas no segundo trimestre. Ela também pode acelerar a transição do mercado para o déficit em meio a uma temporada de alta demanda de gasolina", disse o especialista.

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De acordo com os parâmetros do acordo da OPEP+ aprovado em outubro, a aliança corta a produção em dois milhões de bpd até o final de 2023. A cota atual da Arábia Saudita é de 10,478 milhões de bpd.
Neste contexto, os preços globais do petróleo continuam subindo na tarde de segunda-feira (5), segundo dados de negociação. Os mercados estão avaliando a decisão da OPEP+ de cortar a produção.
Às 06h59, horário de Brasília, os contratos futuros do petróleo Brent de agosto subiam 1,5%, para US$ 77,27 (R$ 381,98) por barril, enquanto os contratos futuros do WTI de julho subiam 1,6%, para US$ 72,89 (R$ 360,32) por barril.
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