Washington ainda não decidiu que candidatura apoiará para o cargo de secretário-geral da OTAN, que ficará livre em setembro, conforme afirmou nesta segunda-feira (5) John Kirby, em uma entrevista coletiva.
"Não tenho nada a dizer sobre o próximo secretário-geral da OTAN. O presidente [Joe Biden] não decidiu quem os EUA apoiarão", disse respondendo à pergunta sobre as possíveis "pressões" do Reino Unido para que Biden apoie o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace.
Também afirmou que o presidente americano está "muito agradecido" ao atual secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, por prorrogar seu mandato em três ocasiões durante o conflito na Ucrânia e pelo "trabalho magistral" em particular no que se refere ao apoio a Kiev.
Ao ser questionado sobre se Biden discutiria com a primeira-ministra da Dinamarca e possível candidata a dirigir a OTAN, Mette Frederiksen, que se encontra atualmente em Washington e cuja visita provocou especulações sobre o apoio dos EUA à sua candidatura, o porta-voz assinalou: "Não é esse o propósito da visita".
Após sua reunião com o presidente na Sala Oval da Casa Branca, Frederiksen voltou a negar ter intenções de liderar a Aliança Atlântica.
"Já disse antes que não sou candidata a nenhum outro posto que não o que tenho agora", disse a primeira-ministra, garantindo que isso "não mudou" depois de seu encontro com Biden.
Anteriormente, o jornal The Telegraph informou que o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak planeja, durante sua visita aos Estados Unidos, propor ao presidente norte-americano Joe Biden a candidatura do ministro da Defesa britânico, Ben Wallace.
O atual secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, teve seu mandato de quatro anos prorrogado por mais um ano em março de 2022 devido ao conflito ucraniano, mas sairá em 30 de setembro de 2023. O norueguês disse no início deste ano que não buscaria uma nova prorrogação.