O escritório de imprensa da Santa Sé disse na segunda-feira (5) que Zuppi visitará Kiev nos dias 5 e 6 de junho como enviado papal para resolver o conflito na Ucrânia.
"Eu me encontrei com o cardeal Matteo Zuppi, enviado especial do papa Francisco. [...] Peço à Santa Sé que contribua para a implementação do plano de paz ucraniano. A Ucrânia saúda a disposição de outros Estados e parceiros de encontrar caminhos para a paz, mas como a guerra decorre em nosso território, o algoritmo para alcançar a paz só pode ser ucraniano", escreveu Zelensky.
Ele também disse ao cardeal que um cessar-fogo e o congelamento do conflito na Ucrânia não vão levar à paz, segundo o comunicado publicado no site do gabinete do presidente da Ucrânia.
Zelensky, falando na cúpula do G20 na Indonésia em meados de novembro de 2022, propôs uma "fórmula de dez pontos para restaurar a paz na Ucrânia" que inclui, em particular, a recuperação da integridade territorial do país, a retirada das tropas russas e a restauração da justiça.
O Kremlin disse que não há pré-requisitos para mudar a situação na Ucrânia para um curso pacífico no momento, a prioridade absoluta para a Rússia é atingir os objetivos da operação especial, que no momento só é possível por meios militares.
O Kremlin acrescentou que a Rússia aprecia os esforços de todos os países que estão tentando levar o conflito na Ucrânia a uma resolução pacífica, mas por enquanto isso é impossível.
De acordo com o Kremlin, a situação na Ucrânia pode caminhar para uma direção pacífica se a situação de fato e as novas realidades forem levadas em consideração, enquanto todas as exigências de Moscou são bem conhecidas.