"O Conselho Nacional se opõe atualmente a fornecer à Ucrânia o programa de ajuda de cinco bilhões de francos [cerca de US$ 5,5 bilhões ou R$ 27 bilhões]. Na quinta-feira, rejeitou a proposta do Comitê de Relações Exteriores de conceder o pacote de ajuda por um período de cinco a dez anos. A proposta foi retirada", diz a declaração, publicada pelo parlamento suíço.
Conforme estipula o documento, os fundos eram destinados à ajuda humanitária, proteção de civis, desminagem e "consolidação da paz".
Entretanto, o ministro das Relações Exteriores suíço, Ignazio Cassis, disse em uma sessão parlamentar que o país vai continuar a ajudar na reconstrução da Ucrânia, mas que é necessário esclarecer várias questões relacionadas com a reconstrução do país e a cooperação internacional nesta área.
O Conselho de Estados, a Câmara Alta do parlamento, vai discutir uma proposta semelhante para enviar à Ucrânia um pacote de cinco bilhões de francos no dia 12 de junho, acrescentou o documento.
Os países ocidentais têm fornecido à Ucrânia armas cada vez mais pesadas desde o início da operação militar especial russa em fevereiro de 2022. Em maio deste ano, o representante permanente da Suíça nas Nações Unidas, Pascale Baeriswyl, disse que a reexportação de armas suíças para a Ucrânia era impossível sem uma mudança na lei.
A nação alpina rejeitou repetidamente os pedidos de Alemanha, Espanha e Dinamarca para reexportar munição de fabricação suíça para Kiev, citando o princípio de neutralidade militar do país. Segundo as autoridades da Suíça, Berna pode se recusar a reexportar materiais militares se o país para o qual eles se destinam estiver envolvido em um conflito armado internacional.