De acordo com ele, a libertação das quatro novas regiões russas dentro de seus limites administrativos não é mais suficiente, porque os bombardeios e a sabotagem de Kiev continuarão.
"Não porque queremos, mas porque entendemos com quem estamos lidando. Estamos lidando, infelizmente, com o regime ucraniano, que é absolutamente fantoche. E, em geral, o Ocidente, que controla todos os processos, é claro, não tem como objetivo uma Ucrânia livre e próspera", disse Pushilin à Sputnik.
Como observou o chefe da RPD, a única solução é afastar ainda mais as Forças Armadas ucranianas. Segundo Pushilin, a linha de frente precisa ser afastada 500 km, no mínimo, e atingir o rio Dniepre, a barreira natural.
Contudo, as Forças Armadas ucranianas, diz ele, vão novamente tentar atacar as posições russas após o reagrupamento e reabastecimento.
Tal perspectiva "faz com que não parem no Dniepre no futuro".
"Assim, minha opinião é que, até que a Ucrânia seja totalmente libertada, e sem variações [...] a situação não terá fim", concluiu.
Pushilin também acha que Kiev decidiu destruir a usina hidrelétrica de Kakhovka porque receava uma possível ofensiva das Forças Armadas russas.
Ele indica que, nos últimos dias antes do acidente, as tropas ucranianas intensificaram suas manobras, "tanto em termos de uso de pessoal quanto de quantidade de equipamentos".
A parte superior da barragem e os equipamentos da usina hidrelétrica de Kakhovka foram destruídos por um bombardeio na noite de 6 de junho.
Como resultado, enormes volumes de água começaram a jorrar da barragem em direção às zonas inferiores. A evacuação da população está em curso.
De acordo com o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, ao destruir a usina hidrelétrica, o regime de Kiev tentou privar a Crimeia de água, porque o canal que abastece a península é alimentado pelo reservatório de Kakhovka, que em breve ficará muito reduzido.
Ele também associou essas ações criminosas às falhas das Forças Armadas ucranianas durante a tentativa malsucedida de contraofensiva.