Ciência e sociedade

Estrela incomum encontrada em halo da Via Láctea pode revelar morte das antigas supernovas (FOTO)

Uma estrela, chamada LAMOST J1010+2358, localizada no halo da Via Láctea, contém evidências de supernovas antigas, ocorridas quando as primeiras estrelas massivas do Universo encerram suas vidas em explosões.
Sputnik
Pesquisadores liderados por Zhao Gang, da Academia Chinesa de Ciências, através de observações espectroscópicas com o telescópio Subaru, descobriram que a estrela J1010+2358 tem baixa abundância de sódio e cobalto, e que sua proporção de sódio para ferro é menor de 1/100 em comparação com o Sol.
Zhao Gang também afirmou que as primeiras estrelas iluminaram o Universo durante o "apagão" cósmico e acabou com os "anos de escuridão" após o Big Bang.
Impressão de supernovas de instabilidade de pares das primeiras estrelas massivas
Isso indica que a estrela nasceu em uma nuvem gasosa dominada pelos restos de uma supernova daquele tipo, causada pela morte de uma estrela com 260 massas solares.

"Nossa descoberta é a primeira evidência direta da existência de um PISN [supernovas de instabilidade de pares] de uma estrela massiva de primeira geração no Universo primitivo [...]. Esta é a primeira associação de uma estrela de halo galáctico com um padrão de abundância originado de uma PISN", afirmou Timothy Beers, professor da Universidade de Notre Dame, nos EUA.

Os especialistas acreditam que a descoberta prova que a massa das estrelas de primeira geração possa alcançar diversas de centenas de massas solares, e terá um profundo impacto na pesquisa da origem dos elementos e formação estelar no Universo primitivo, bem como na evolução química das galáxias.
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