Panorama internacional

Moscou: sanções ocidentais fizeram Rússia redirecionar exportações de hidrocarbonetos para Ásia

As exportações de energia da Rússia para a região da Ásia-Pacífico aumentaram no ano passado, quando a Rússia foi forçada a mudar a direção de seu comércio de países ocidentais "hostis", disse o vice-primeiro-ministro russo Aleksandr Novak em um artigo na revista Energy Policy publicada na quinta-feira (8).
Sputnik
De acordo com o alto funcionário, o fornecimento de petróleo da Rússia aos países asiáticos excedeu pela primeira vez os volumes enviados para a Europa em maio de 2022.
Até o final do ano passado as exportações de petróleo para países amigos (aqueles que não apoiaram sanções contra a Rússia) aumentaram 76% em relação ao ano anterior, as exportações de produtos petrolíferos em 20%, o fornecimento de gás por gasoduto e gás natural liquefeito (GNL) em 8%. No total, quase 40 milhões de toneladas de petróleo e produtos petrolíferos foram redirecionados dos mercados ocidentais para os orientais no ano passado, observou Novak.
Ele disse que o aumento nas exportações rumo à Ásia foi um resultado das sanções ocidentais que a Rússia enfrentou após o início de sua operação militar na Ucrânia. As restrições ocidentais visaram muitos setores da economia russa, incluindo suas exportações de energia. Isso forçou muitos compradores tradicionais do Ocidente de produtos e serviços russos a evitá-los.
"No último ano e meio, devido às ações ilegítimas dos países ocidentais, o setor de energia da Rússia acelerou significativamente seu eixo para o Oriente, onde estão localizados os mercados de energia de maior crescimento e mais promissores do mundo", escreveu Novak.
Ao mesmo tempo, o vice-primeiro-ministro afirmou que o país já estava trabalhando na diversificação de suas exportações de energia antes da introdução das sanções e que agora "essa política se justificou plenamente".
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Novak também disse que a Rússia planeja impulsionar ainda mais as exportações de energia para o Oriente. De acordo com suas previsões, a demanda global de energia pode crescer 31% até 2050, em comparação com 2021, com a Ásia-Pacífico sendo responsável por cerca de 60% do crescimento.
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