A continuidade da ajuda de Washington a Kiev, bem como a reputação internacional do presidente dos EUA, Joe Biden, dependem do sucesso da contraofensiva militar ucraniana, escreveu na quinta-feira (8) o jornal norte-americano Politico, citando autoridades dos EUA.
O jornal escreve, citando funcionários dos EUA, que se a Ucrânia for bem-sucedida em sua contraofensiva, "a ajuda militar e econômica ocidental fluirá", mas, se não for, "esse apoio provavelmente se esgotará, provocando um aumento dos pedidos de uma resolução diplomática acelerada e prejudicando uma das conquistas internacionais mais importantes da Casa Branca".
Além disso, notam as fontes do Politico, a Casa Branca ainda não tem certeza se os legisladores permitirão fundos adicionais para Kiev quando os valores previamente aprovados pelo Congresso chegarem ao fim. Um fracasso da Ucrânia no campo de batalha pode dar aos republicanos da Câmara dos Representantes a oportunidade de criar obstáculos para a concessão de fundos adicionais, sublinham as fontes.
Entre outras coisas, conta o Politico, há também uma preocupação crescente em Washington de que a Ucrânia ataque o território russo, havendo certeza pelas autoridades dos EUA de que Kiev, "ou pelo menos as forças pró-ucranianas", foram responsáveis pelo ataque de drones ao Kremlin no início de maio, e pelo assassinato do correspondente de guerra Vladlen Tatarsky e da jornalista Daria Dugina.
Nesta terça-feira (6) foi relatado que os EUA tinham informações de inteligência que indicavam que o governo ucraniano planejava atacar os gasodutos Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2).
Isso "levou a várias admoestações privadas e severas nos canais diplomáticos", dizem as fontes.