"Vocês sabem que, por parte de Washington e das capitais europeias, soam acusações à Rússia de algum tipo de agressividade, etc. Isso é apenas uma tentativa de camuflar a sua relutância em ouvir as nossas preocupações", disse Peskov.
Peskov ressaltou que a Rússia tem falado sobre essas preocupações de forma crescente por mais de uma década.
"Isso é uma evidência direta disso. De que eles não querem de maneira nenhuma levar em consideração [as preocupações]. Portanto, precisamos alcançar tudo por conta própria", destacou o porta-voz do Kremlin.
Anteriormente, o assessor especial para Assuntos Internacionais do presidente brasileiro, Celso Amorim, citado pelo Financial Times, disse em relação a Rússia que a segurança nacional é uma das principais preocupações de Moscou, referindo-se ao cerco e à expansão da OTAN para perto de suas fronteiras.
"Não podemos julgar a situação pelo último ano e meio. Esta é uma situação de décadas. [A Rússia tem] preocupações que devem ser levadas em consideração. Isso não é culpa da Ucrânia. A Ucrânia é uma vítima, uma vítima dos resquícios da Guerra Fria", enfatizou.