Panorama internacional

'Queremos resultados reais': Rússia segue desapontada após negociações com ONU sobre acordo de grãos

A Rússia ainda está desapontada com a não implementação do memorando com as Nações Unidas para desbloquear as exportações agrícolas russas sob o acordo de grãos do mar Negro mediado pela ONU, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Vershinin, neste sábado (10).
Sputnik
Na sexta-feira (9), Genebra sediou uma nova rodada de negociações entre a Rússia, representada por Vershinin, e a ONU, representada pela secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Rebeca Grynspan, sobre o memorando sobre as exportações agrícolas da Rússia dentro do acordo de grãos.

"Desta vez, também consideramos todas essas questões em detalhes. Em essência, devo dizer, nossas avaliações não mudaram. Não podemos estar satisfeitos com a forma como este memorando está sendo implementado", disse Vershinin a repórteres após as negociações na sede da ONU em Genebra.

O diplomata observou que, apesar de todas as declarações que chegam regularmente das capitais ocidentais, as barreiras para as exportações agrícolas russas via mar Negro ainda estão em vigor, especificamente o fato de que o banco russo especializado em transações agrícolas continuar impedido de executar operações via SWIFT.

"E, claro, a coisa significativa que pedimos, exigimos, é reconectar o SWIFT ao Rosselkhozbank. Essencialmente, hoje a ONU reconheceu a [necessidade de] reconexão ao SWIFT, tais ações esbarram em um muro total de negatividade daqueles que tomam decisões na União Europeia [UE] e outros países ocidentais", disse.

Vershinin descreveu essa postura dos países ocidentais como "hipócrita" e "dupla", pois, em sua opinião, há uma diferença muito grande entre as palavras sobre supostas isenções para as exportações agrícolas russas e a situação real.
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Na nova rodada de negociações entre a Rússia e a ONU, na sexta-feira, o representante russo questionou sobre pontos do memorando sobre as exportações agrícolas da Rússia dentro do acordo de grãos.

"As datas [das negociações futuras] ainda não são conhecidas. Realizamos consultas regularmente. Não somos o tipo de pessoa que perde a paciência. Queremos obter resultados reais para a Rússia. Por causa desses resultados, nós estão prontos para continuar o diálogo, mas esse diálogo, repito, deve ser produtivo. Até agora, infelizmente, não é", disse Vershinin em Genebra.

Questionado se a Rússia pretende concordar com a extensão do acordo além de 18 de julho caso as coisas permaneçam como estão, o diplomata disse acreditar que, "em qualquer circunstância, devemos manter o claro entendimento dos interesses russos. É por isso que nos guiaremos".
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