Operação militar especial russa

Ex-agente da CIA: políticos ocidentais são obrigados a falar positivamente sobre ofensiva ucraniana

Especialistas norte-americanos reconhecem o fracasso da contraofensiva ucraniana, que não fez nenhum progresso no campo de batalha, apesar de estar militarmente equipada e apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Sputnik
Com a ofensiva ucraniana já em andamento, Kiev até o momento não tem praticamente nenhum ganho para mostrar, enquanto imagens de tanques Leopard e veículos de combate de infantaria Bradley completamente destruídos (ambos usados pelas tropas ucranianas) já começaram a circular nas mídias sociais.
Por esse motivo, várias vozes de especialistas já se levantaram alertando sobre uma pesada derrota militar da Ucrânia e outro fracasso geopolítico da OTAN, que mais uma vez está recorrendo à intervenção em territórios remotos, fora de sua jurisdição, para atingir seus próprios objetivos, não importa quantas vidas sejam perdidas.
Embora os Estados Unidos e seus aliados tenham fornecido generosamente armas e veículos militares à Ucrânia durante o conflito atual, as forças ucranianas são "institucional e operacionalmente incapazes de absorver com sucesso a ampla e inconsistente gama de equipamentos e armamentos" no campo de batalha, disse à Sputnik a tenente-coronel aposentada dos EUA Karen Kwiatkowski.

"Isso é culpa dos EUA e da OTAN, que buscam aproveitar o patriotismo ucraniano para confrontar a Rússia, com o objetivo de tomar as terras, o povo e os recursos da Ucrânia quando não restar mais nada do país, em uma espécie de mini-Plano Marshall, desta vez completamente administrado e conduzido por capitalistas de amigos estadunidenses e internacionais como a BlackRock", acrescentou a ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA.

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A especialista disse que são os Estados Unidos e o Reino Unido que precisam que a Ucrânia lance essa contraofensiva, pois são os principais financiadores da escalada de guerra de Kiev contra a Rússia, um país que o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley, reconheceu esta semana ser seu principal adversário, juntamente com a China.
"Claramente, o que a Ucrânia precisa é encontrar uma maneira de sair do ciclo político dos EUA e da obsessão da OTAN com a expansão da organização e fazer a paz", refletiu Kwiatkowski.
A especialista também lamentou que, até o momento, os políticos dos EUA e do Reino Unido estejam reprimindo qualquer tentativa do lado ucraniano de enviar sinais de busca de uma solução pacífica para o conflito.
Enquanto isso, o diretor executivo da organização não-governamental Council for the National Interest (Conselho para o Interesse Nacional) e ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), Philip Giraldi, alertou que a mídia ocidental tem tentado fazer parecer que a contraofensiva ucraniana está sendo bem-sucedida e que as forças de Kiev estão invadindo as posições russas.
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Nesse sentido, e apesar do que está acontecendo no campo de batalha, Giraldi denunciou que os políticos dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha são obrigados a "falar positivamente sobre o que está acontecendo" na Ucrânia.
Segundo ele, os cidadãos de seus respectivos países estão começando a se voltar contra o conflito "à medida que ele continua sem fim à vista e consome centenas de bilhões de dólares em equipamentos".
O ex-funcionário da CIA sugeriu ainda que os cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha não aprovam que seus governos apoiem diretamente as autoridades ucranianas, que ele descreveu como "um regime que quase todo mundo admite ser irremediavelmente corrupto".
"Fala-se aqui em Washington que os generais ucranianos poderiam depor [Vladimir] Zelensky e iniciar negociações com Moscou", acrescentou Giraldi.
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