A OTAN "está em excelente estado de saúde" no momento, criando a impressão de que pode "em breve se expandir para outros países", disse Ann Wright, coronel aposentada do Exército dos EUA, em declarações ao jornal italiano Il Fatto Quotidiano.
Ao mesmo tempo, acredita ela, "isso não fortalece a OTAN, mas a enfraquece".
"Neste momento, está claro que não se trata de uma aliança defensiva, mas de uma aliança ofensiva", crê a também ex-diplomata em uma entrevista publicada no domingo (11).
"E, de fato, um de seus principais objetivos é realizar alguns conflitos", acrescentou.
Na opinião da ex-funcionária do Departamento de Estado norte-americano, parte do perigo decorre do fato de que a aliança é guiada pelos EUA, um país que envolve outros em guerras como a invasão do Iraque em 2003, um evento histórico que forçou Wright a se aposentar do serviço por desacordo.
A ex-funcionária do Departamento de Estado sugeriu assim aos Estados-membros da OTAN que "entendam como é essa organização e como ela é perigosa", e que "pensem mais sobre si mesmos e se vale a pena se meter em problemas para apoiar as guerras estúpidas da OTAN". Talvez para eles "possa haver uma abordagem diferente", sublinhou ela.