"Nove países [potências nucleares] gastaram US$ 82,9 bilhões em armas nucleares, dos quais o setor privado ganhou pelo menos US$ 29 bilhões [R$ 156,2 bilhões] em 2022. Os Estados Unidos gastaram mais do que todos os outros países com armas nucleares juntos – US$ 43,7 bilhões [R$ 235,4 bilhões]. A Rússia gastou 22% dos gastos dos EUA, com US$ 9,6 bilhões [R$ 51,7 bilhões], e a China gastou pouco mais de um quarto dos gastos totais dos EUA, com US$ 11,7 bilhões [R$ 63 bilhões]", diz o documento.
De acordo com a ICAN, os gastos nessa área aumentaram em US$ 2,1 bilhões (R$ 11,3 bilhões) em 2022 em comparação com 2021, o quarto ano consecutivo em que o relatório indica um aumento acentuado nos gastos globais com armas nucleares.
A organização afirmou que, em meio a um ambiente de segurança complexo e em constante mudança, desde ameaças de mudanças climáticas até a pandemia da COVID-19 e os acontecimentos na Ucrânia, os gastos com armas nucleares têm aumentado constantemente, o que não resulta em nenhuma melhoria tangível no ambiente de segurança.
"A situação está piorando", lamenta a ICAN.
A Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN) é uma organização não governamental internacional criada em 2007.
Seu objetivo é promover a adoção e a implementação do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares. A organização ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2017.