Tanto o Exército quanto a Força Aérea dos EUA afirmam que não atingirão suas metas de recrutamento neste ano, e a Marinha também espera ficar aquém, o que motivou os ramos militares americanos a recrutar imigrantes, relata no domingo (11) a agência norte-americana Associated Press.
O Corpo de Fuzileiros Navais neste momento é o único serviço que está a caminho de atingir sua meta.
"Os déficits levaram a uma ampla gama de novos programas de recrutamento, campanhas publicitárias e outros incentivos para ajudar as Forças Armadas a competir com empregos do setor privado, geralmente mais bem remunerados e menos arriscados", notou a AP.
"Os líderes da defesa afirmam que os jovens estão menos familiarizados com as Forças Armadas, são mais atraídos por empregos corporativos que oferecem educação e outros benefícios semelhantes e querem evitar o risco de ferimentos e morte que o serviço em defesa dos Estados Unidos pode trazer. Além disso, eles dizem que pouco mais de 20% atendem aos requisitos físicos, mentais e de caráter para se alistar", sublinha.
Assim, em outubro de 2022, o Exército dos EUA restabeleceu um programa para residentes permanentes legais solicitarem a naturalização acelerada assim que chegarem ao treinamento básico.
Os maiores desafios de recrutamento indicados têm sido identificar concentrações geográficas de populações de imigrantes, encontrar maneiras de os alcançar e ajudar os interessados a navegar pelos complexos aplicativos e procedimentos de recrutamento militar. Um dos meios para o fazer tem sido o contato pelas redes sociais, usando vídeos curtos em várias línguas para atingir os dez principais países de origem dos recrutas no ano anterior.
O esforço da Força Aérea dos EUA começou neste ano, e o primeiro grupo de 14 pessoas se formou no treinamento básico e prestou juramento como novos cidadãos em abril. Quando os recrutas da Força Aérea terminam suas sete semanas de treinamento, o processo é concluído e eles prestam juramento como cidadãos americanos.
No total, cerca de 2.900 pessoas se alistaram no Exército dos EUA de outubro de 2022 a março de 2023, a primeira metade do ano fiscal de 2023, em comparação com cerca de 2.200 no mesmo período do ano fiscal anterior. Os maiores números são da Jamaica, com 384, seguidos pelo México, Filipinas e Haiti, mas também muitos do Nepal, Nigéria, Gana, Camarões, Colômbia e da República Dominicana.