"Não vamos nos enganar. A guerra é praticada aqui", escreveu Dietmar Bartsch em uma coluna no Tagesspiegel.
O político destacou que enquanto o governo federal corta o orçamento em áreas importantes para os pobres, não faz o mesmo com a Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha).
"Em vez de apontar as armas para a Alemanha [...] são necessários esforços de desescalada e o silêncio das armas", sublinhou.
Bartsch enfatizou que o rugido dos caças e o silêncio do governo sobre as iniciativas de paz não combinam.
"Isso seria um fracasso retumbante. Não devemos praticar a guerra, mas a paz e a liberdade", acrescentou.
Vários especialistas russos disseram à Sputnik que conter a Rússia em meio à incerteza do conflito ucraniano é o objetivo prioritário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). As manobras da Aliança Atlântica são um sinal para a Rússia em meio ao conflito em andamento na Ucrânia, disse o pesquisador sênior do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais, Aleksandr Kamkin, à Sputnik. Em sua opinião, as manobras são várias vezes superiores às realizadas em anos anteriores e estão "ligadas ao rumo geral da militarização dos Estados europeus na conjuntura atual".
"Este é certamente um sinal para a Rússia, especialmente no contexto da situação na Ucrânia. Podemos dizer claramente que este é um movimento dirigido contra a Rússia", disse Kamkin.
O exercício aéreo Air Defender 2023 está sendo realizado na Alemanha de 12 a 23 de junho, com a participação de 10.000 soldados e 250 aeronaves de 25 países. É dada especial atenção à luta contra drones e mísseis de cruzeiro de potenciais adversários. O Comandante da Força Aérea alemã, Ingo Gerhartz, anunciou que os exercícios são de natureza defensiva e "não são dirigidos contra ninguém".