Os EUA vão gastar outros US$ 325 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) substituindo veículos blindados destruídos pelas forças russas na dispendiosa contraofensiva da Ucrânia.
Dois funcionários anônimos do Departamento de Defesa dos EUA vazaram os planos para a mídia ocidental na noite de segunda-feira (12), antes do anúncio oficial agendado para hoje.
De acordo com a apuração junto ao Pentágono, o Departamento de Defesa enviaria veículos de combate de infantaria (IFVs, na sigla em inglês) M2 Bradley adicionais para substituir os perdidos na semana passada (9) em combates na frente sul em Zaporozhie e na República Popular de Donetsk (RPD).
A mídia norte-americana já havia relatado anteriormente que 16 dos 109 IFVs Bradley fornecidos foram destruídos até agora, com mais dois danificados. Isso foi o dobro do número divulgado pelo Ministério da Defesa da Rússia de oito Bradley destruídos na noite de domingo (11).
De acordo com as fontes, o Pentágono também enviaria mais veículos blindados de transporte de pessoal (APCs, na sigla em inglês) Stryker — embora nenhum desses veículos tenha sido destruído — além de munição para os sistemas de foguetes de lançamento múltiplo Himars e baterias de mísseis terra-ar Nasams.
Todos esses sistemas foram fornecidos pelos EUA e seus aliados à Ucrânia para sustentar seu conflito com a Rússia.
Nesta terça-feira, o Ministério da Defesa russo divulgou um vídeo de tropas capturando Bradley danificados e abandonados e tanques de batalha Leopard 2 de fabricação alemã.
Várias brigadas recém-formadas, treinadas e equipadas pelos Estados-membros da OTAN, já haviam lançado grandes ataques contra as defesas russas profundamente escalonadas uma semana antes, no domingo, dia 4 de junho.
Desde então, eles sofreram milhares de baixas e perderam centenas de tanques e outros veículos blindados, incluindo pelo menos 15 Leopard 2.
Quando questionado por repórteres sobre a contraofensiva no sábado (10), o presidente ucraniano Vladimir Zelensky respondeu enigmaticamente que "ações de contraofensiva e defensiva estão ocorrendo".
Zelensky fez seus comentários em uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que fez uma visita surpresa a Kiev com a vice-primeira-ministra, Chrystia Freeland — neta de um importante colaborador nazista ucraniano — para anunciar outros US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia.
Espera-se que as Forças Armadas ucranianas recebam 31 M1 Abrams dos EUA nos próximos meses, embora com seus equipamentos mais avançados e blindagem de urânio empobrecido removidos, caso sejam capturados por tropas russas.
A Alemanha, a Dinamarca e os Países Baixos também vão enviar até 110 dos tanques Leopard 1 de blindagem leve da década de 1960 entre julho e o final do ano. Um esquadrão de 14 tanques de batalha Challenger 2 já fornecidos pelo Reino Unido ainda não foi visto em ação.