De acordo com os dados da AIE, a produção nos 19 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e associados (OPEP+) sujeitos a cotas totalizou 36,86 milhões bpd em maio, ante 37,61 milhões bpd no mês anterior. A diferença entre a cota e a produção real foi de menos 2,59 milhões bpd.
"Embora os ajustes nas metas individuais dos membros da OPEP+ não tenham um impacto significativo na produção neste ano, a extensão das cotas até 2024 significa que, após uma queda de 470 mil bpd neste ano, a produção da OPEP+ pode cair mais 200 mil bpd no próximo ano. Ao todo, isso pode deixar o mercado deficitário em 2024, com o segundo semestre parecendo particularmente apertado", diz o relatório.
Ainda de acordo com o relatório, a agência sugere que as exportações de petróleo da Rússia em maio caíram 260 mil bpd, para 7,8 milhões bpd.
"As exportações de petróleo da Rússia caíram 260 mil bpd em maio para 7,8 milhões bpd, praticamente inalteradas em relação ao ano anterior. As exportações de petróleo bruto aumentaram 90 mil bpd para 5,2 milhões bpd, enquanto as exportações do produto caíram 350 mil bpd para 2,6 milhões bpd. A China e a Índia representaram pelo menos 56% do total das exportações russas, enquanto os embarques para a África, Oriente Médio e América Latina representaram outros 12%", diz o relatório.
As receitas estimadas de exportação caíram US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 6,8 bilhões), para US$ 13,3 bilhões (aproximadamente R$ 64,4 bilhões), marcando uma queda de 36% em relação ao ano anterior, com os preços médios do petróleo caindo de US$ 60 (R$ 290,38) por barril em abril para US$ 55 (R$ 266,18) por barril em maio.
Além disso, os dados da AIE sugerem que a produção de petróleo na Rússia em maio caiu 150 mil bpd para 9,45 milhões bpd.
Produção e demanda global
A AIE atualizou sua previsão para o crescimento da produção global de petróleo em 2023, esperando um aumento para 101,3 milhões bpd, de acordo com seu novo relatório.
"Prevê-se que a oferta total de petróleo atinja níveis recordes de 101,3 milhões bpd neste ano e 102,3 milhões bpd no ano que vem", disse o relatório.
A agência também afirmou que a demanda global de petróleo subiu para 102,3 milhões bpd em 2023, acrescentando que isso é 300 mil bpd a mais do que o esperado no relatório de maio.
Sobre as reservas totais de petróleo e derivados nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que incluem reservas comerciais e estatais, o relatório aponta que aumentaram 33,6 milhões de barris em abril, mas estão abaixo da média de cinco anos.