Operação militar especial russa

Governo ucraniano informa Celso Amorim que Zelensky quer fazer visita ao Brasil, diz mídia

O governo ucraniano gostaria da participação do Brasil na próxima cúpula sobre o acordo ucraniano com base no plano de paz do presidente ucraniano Vladimir Zelensky, disse o chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrei Yermak, nesta quarta-feira (14).
Sputnik
Em maio, Zelensky disse que uma cúpula estava sendo preparada para reunir o maior número possível de países para discutir seu plano de acordo de dez pontos, que Kiev chama de "fórmula da paz". O Financial Times (FT) informou, citando um funcionário europeu, que Zelensky solicitou apoio para sua cúpula dos líderes do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) durante sua cúpula de Hiroshima.

"Certamente, temos grande interesse na participação do Brasil nesta cúpula. Estamos prontos para as negociações e é muito importante para nós ouvir sua posição", disse Yermak durante conversa por telefone com o assessor especial do presidente brasileiro, Celso Amorim, conforme citado no site da presidência ucraniana.

Yermak informou ao oficial brasileiro sobre os preparativos da cúpula, de acordo com a matéria.
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Ainda em contato com Celso Amorim, o gabinete de Zelensky, comunicou na terça-feira (13), o desejo da autoridade de visitar o Brasil.
A visita de Zelensky tem como objetivo aproximar Kiev dos países latino-americanos, região do mundo em que a Ucrânia carece de apoio, se comparado ao dado pelos europeus e norte-americanos, segundo o UOL.
O governo Lula suspeita das intenções de Zelensky e quer saber o que estaria na agenda da visita de Zelensky, temendo que o ucraniano só busca uma demonstração de força. Até o momento não há uma lista de participantes, agenda ou data para a visita de Zelensky ao Brasil.
Em abril, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que os Estados Unidos e a Europa deveriam começar a falar sobre chegar a um acordo na Ucrânia e não encorajar o conflito. Ele pediu aos países não envolvidos que assumissem a responsabilidade de avançar nas negociações para um acordo, bem como fornecessem à Rússia "condições mínimas" para encerrar o conflito. Além disso, Lula sugeriu a criação de um formato semelhante ao G20 para discutir a situação na Ucrânia.
No dia 5 de junho, o assessor presidencial ucraniano Mikhail Podolyak criticou o plano de paz proposto pelo Brasil, assim como o proposto pela Indonésia, como "descolado da realidade", insistindo que o plano de Zelensky é a única opção viável e aceitável para Kiev.
Os dez pontos do plano de Zelensky incluem a retirada das tropas russas e a restauração da plena integridade territorial da Ucrânia. Zelensky também quer garantias de segurança para a Ucrânia e a criação de um mecanismo internacional para compensar seu país pelas perdas com ativos russos.
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