Os presidentes dos dois países se reuniram no Kremlin e, na sequência do encontro, uma série de documentos foi assinada. Durante as conversações os presidentes discutiram, entre outros temas, a situação na Ucrânia, na Líbia, no Sudão e as tensões palestino-israelenses.
O presidente russo Vladimir Putin disse que a cooperação no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e associados (OPEP+) entre a Rússia e a Argélia ajuda a estabilizar os mercados mundiais de energia.
Putin acrescentou que as relações entre os dois países são estratégicas e de particular importância, chamando a Argélia de parceiro fundamental da Rússia no mundo árabe e na África.
Segundo ele, a Rússia e a Argélia devem intensificar a prática de pagamentos em moedas nacionais, o que protegerá as economias dos dois países.
Por sua vez, o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, afirmou que a pressão externa sobre seu país não afetará o apoio da Argélia à Rússia.
O presidente argelino sugeriu também acelerar a entrada de seu país no BRICS.
"É necessário que aceleremos o processo e nos juntemos ao grupo BRICS", disse Tebboune.
Ele destacou que é preciso trabalhar para reduzir a dependência do dólar e do euro.
A declaração publicada no site do Kremlin diz que a Rússia e a Argélia planejam intensificar a cooperação na exploração e produção de hidrocarbonetos, processamento de petróleo e gás e produtos petroquímicos.
A Rússia e a Argélia apoiam a inadmissibilidade de distorcer a história e revisar o resultado da Segunda Guerra Mundial, silenciando e falsificando a história do colonialismo, afirma a declaração.
Os dois países concordaram em não participar de nenhum acordo que viole a independência e a integridade territorial da outra parte.
Em vez disso, as partes vão fortalecer o trabalho no setor militar e de tecnologia, desenvolver a cooperação na energia nuclear, no campo da segurança energética e alimentar e na luta contra o extremismo e o terrorismo.
O acordo entre a Rússia e a Argélia permitirá também acelerar a cooperação entre os dois países em relação à exploração civil do espaço.