"Hoje a política externa dos EUA não enfrenta nenhum desafio maior do que a guerra na Ucrânia. E aqui a narrativa é a própria simplicidade: não teria havido guerra se não fosse Vladimir Putin, o agressor. [...] E esta narrativa deixa pouco ou nenhum espaço para a história real do conflito entre a Rússia e o Ocidente", observa o autor do artigo.
Washington arruinou as relações russo-americanas na era pós-soviética cometendo quatro erros, explica Carden:
O primeiro foi o apoio à campanha "antiterrorista" de Kiev contra seus cidadãos de língua russa, o que levou a um conflito real;
A segunda é a "conversão" de oligarcas ucranianos corruptos em um panteão de "semideuses";
A terceira é a mistura dos interesses das facções nacionalistas de extrema direita em Kiev e Lvov (e seus aliados em Varsóvia, Riga, Tallinn e Vilnius) com os interesses nacionais dos EUA;
Finalmente, a indiferença aos numerosos protestos da Rússia contra a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
No entanto, a elite dominante dos Estados Unidos decidiu ignorar esses avisos, e os resultados falam por si mesmos, resume o autor.