Ebrahim Raisi, presidente do Irã, sublinhou na quarta-feira (14) a necessidade de "os países independentes", incluindo os da América Latina, cooperarem e desenvolverem uma aliança "para anular as sanções estrangeiras e enfrentar as potências hegemônicas", escreve na quinta-feira (15) a agência iraniana Tasnim.
Raisi falou em Manágua em uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo nicaraguense Daniel Ortega.
"Todas essas atrocidades são causadas pelo fato de que as pessoas cometem opressão ao ignorar a vontade de Deus, a necessidade de justiça na ordem mundial e ao ignorar a verdadeira consciência das nações. As campanhas são uma de suas ferramentas para pressionar as nações, e as sanções e ameaças são o outro lado da moeda", comentou Raisi, em aparente referência aos países ocidentais.
"Isso é o que aconteceu hoje em muitos países da região latino-americana contra o sistema de dominação e a intimidação dos Estados Unidos e seus apoiadores", acrescentou.
Apesar disso, concluiu, mesmo com as "sanções e ameaças generalizadas, o Irã criou oportunidades para si mesmo a partir dessas ameaças e alcançou um progresso considerável nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia, saúde, tratamento e medicina, e hoje é considerado um país tecnológico nesses campos".
As delegações do Irã e da Nicarágua assinaram três documentos de cooperação na presença dos presidentes dos dois países. Raisi saudou assim os memorandos de entendimento para o intercâmbio de capacidades e o uso mútuo de instalações entre o Irã e a Nicarágua, a fim de reforçar as relações bilaterais, a cooperação comercial e econômica, o intercâmbio de experiências e as conquistas científicas e tecnológicas.