Em sua terceira reunião ministerial desde o começo do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou os auxiliares a melhorarem as relações com o Congresso e disse que o encontro desta quinta-feira (15) inicia o "segundo passo do governo".
"Essa reunião tem como pressuposto o segundo passo do governo. Até agora tivemos tratando da organização do ministério, estávamos tratando da briga de orçamento, tentando recuperar parte de todas as políticas públicas desmontadas no governo, inclusive remontando algumas políticas", afirmou o mandatário citado pelo jornal O Globo.
Ao mesmo tempo, o presidente destacou que "falta lançar [os programas] Luz Para Todos e Água para Todos", mas que a partir de agora a fase de ideias do governo acabou, e será preciso tirar do papel o que já foi proposto.
"Daqui para frente a gente vai ser proibido de ter novas ideias. A gente vai ter que cumprir o que a gente já teve capacidade de propor até agora. A única coisa que pode mudar é a criação de escolas, cada vez que uma pessoa pede escolas, eu vou dizer que nós vamos fazer. Se prepare Camilo [Santana] para fazer coisas novas que não estavam previstas no seu orçamento", afirmou Lula se dirigindo ao ministro da Educação.
Lula também anunciou que governo vai investir em uma faculdade de matemática na cidade do Rio de Janeiro. O projeto será voltado para alunos premiados na área.
Sobre Brasília, o mandatário, segundo a mídia, vai exigir que os ministros atendam rapidamente os pleitos de parlamentares. Também vai dizer que, quando o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, apresenta uma indicação política a um colega, está falando em seu nome.
O presidente tenta dar mais poder a Padilha, em um momento em que o responsável pela articulação política do governo é contestado por lideranças da Câmara.
Na reunião, que ainda acontece no Planalto neste momento e deve ir até o fim da tarde, todos os ministros terão espaço de até dez minutos para apresentarem as realizações de suas pastas.