"Exatamente quando uma decisão será tomada [para entregar os F-16 para a Ucrânia] é muito cedo para dizer, mas o fato de o treinamento ter começado nos dá a opção de decidir também entregar os aviões, e então os pilotos estarão prontos para voá-los", disse Stoltenberg a repórteres antes da reunião dos ministros da Defesa da OTAN em Bruxelas.
Stoltenberg agradeceu aos países-membros da OTAN que se ofereceram para fornecer treinamento de F-16 aos ucranianos.
Enquanto isso, a ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren, disse antes da reunião da OTAN que a questão da entrega de caças F-16 à Ucrânia não foi discutida no momento.
"Claro que é sobre os pilotos, mas também é treinamento, sobre pessoal técnico, manutenção etc., um próximo passo, mas isso seria de fato uma nova decisão também dos americanos [que] estariam fornecendo a eles a plataforma real, mas isso não está na mesa agora", disse Ollongren.
O ministro da Defesa dinamarquês interino, Troels Lund Poulsen, disse que os pilotos ucranianos seriam treinados na base aérea de Skrydstrup, na parte central da Dinamarca.
"Estamos planejando que isso aconteça em Skrydstrup, onde estão baseados nossos aviões de combate F-16", disse Poulsen, segundo a Corporação Dinamarquesa de Radiodifusão (DR).
Na quarta-feira (14), Stoltenberg disse que a OTAN iniciaria o treinamento de pilotos ucranianos em F-16 neste verão (Hemisfério Norte). No mesmo dia, o Ministério da Defesa holandês disse que um centro de treinamento para pilotos ucranianos seria criado em um dos países do Leste Europeu.
Moscou criticou as possíveis entregas de F-16 para a Ucrânia e alertou que os caças vão se tornar um alvo militar legítimo para as forças russas. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na segunda-feira (12) que o fornecimento de caças F-16 para a Ucrânia se tornaria outro passo na escalada, já que há uma modificação do caça capaz de transportar armas nucleares.