O documento de acusação afirma que Teixeira teve acesso a informações relacionadas à defesa nacional, ele entendia que sua divulgação poderia prejudicar os EUA ou beneficiar outra nação e, conscientemente, passou as informações para outras pessoas que não tinham acesso a elas.
As acusações estão relacionadas à retenção e disseminação deliberada de informações de defesa nacional dos EUA.
Entre os arquivos distribuídos por Teixeira, as autoridades norte-americanas apontam para documentos secretos sobre a transferência de equipamentos para a Ucrânia, a forma de sua entrega e uso posterior; documentos do governo sobre a situação do conflito, inclusive dados sobre o movimento de forças em um determinado dia, com base em informações obtidas de fontes secretas; e um documento que descreve os suprimentos ocidentais para os militares ucranianos no campo de batalha.
Algumas das acusações não especificam a quais Estados se referem.
Particularmente, Teixeira é acusado de distribuir informações sobre um "adversário estrangeiro" que obteve determinados dados de uma empresa norte-americana não identificada; documentos governamentais sobre o plano de um Estado estrangeiro de atacar as forças norte-americanas no exterior, inclusive como e onde o ataque estava planejado para ocorrer.
Além disso, o texto afirma que Teixeira distribuiu um documento descrevendo mudanças na política externa e econômica de um determinado Estado, que estava tentando estabelecer relações com Washington e supostamente causando algum tipo de dano a outro país.
O The New York Times observa, no entanto, que não está claro quais dos incidentes descritos nas alegações foram divulgados anteriormente e quais foram tornados públicos pela primeira vez.
Teixeira é um especialista júnior em sistemas de transporte cibernético de aviação com a patente de soldado de primeira classe da Força Aérea dos EUA.
Ele foi acusado de dois delitos criminais no momento de sua prisão.
O Pentágono disse à Sputnik que está investigando o vazamento dos materiais secretos nas mídias sociais que descrevem o estado das tropas ucranianas e os planos dos EUA e da OTAN para reforçá-las.
Foi alegado que mais de 100 documentos podem ter caído na Internet, com danos estimados como significativos.
O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, quando questionado sobre o vazamento, disse que a Rússia não tem dúvidas de que os Estados Unidos e a OTAN estão direta ou indiretamente envolvidos no conflito ucraniano.
De acordo com o The Washington Post, Teixeira começou a publicar documentos confidenciais em um chat Discord por volta de fevereiro de 2022, no início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.