O intercâmbio comercial entre Brasil e Rússia no final de 2023 pode superar o resultado do ano passado, disse Hugo Lins Gomes Ferreira, chefe das seções de Comércio, Investimentos e Agronegócios da embaixada brasileira à Sputnik.
"Não é oficial, pois é algo que ainda está acontecendo, mas acho que nos primeiros cinco meses [de 2023] já temos cerca de US$ 5 bilhões [R$ 24,08 bilhões][trocados no comércio entre os países]. Portanto, se tivemos US$ 9,8 bilhões [R$ 47,1 bilhões] no ano passado, poderíamos chegar lá e talvez um pouco mais", disse o diplomata nos corredores do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
"Claro que temos muitos desafios, muitas coisas para melhorar e superar. Mas o Brasil continua tendo uma relação comercial muito forte com a Rússia", afirmou.
Ao mesmo tempo o diplomata sublinhou que, para o Brasília, uma das prioridades em suas relações com Moscou é manter um bom comércio bilateral no que diz respeito aos produtos que representam os principais itens de comércio: fertilizantes e combustíveis fornecidos da Rússia ao Brasil e produtos agrícolas exportados pelo Brasil para Rússia.
"Mas não só isso, porque temos várias outras oportunidades em muitos outros setores mais intensivos em tecnologia e farmacêuticos", especificou.
Além disso, as empresas russas estão cada vez mais interessadas em vir para o Brasil e fazer investimentos, disse. Ele especificou que, em particular, há um interesse crescente por parte das empresas russas de fertilizantes.
"As empresas russas de fertilizantes são muito importantes para o nosso país, mas o Brasil também é muito importante para as empresas russas de fertilizantes, porque somos um mercado prioritário pelo volume que é vendido. Muitos deles têm interesse em vir para o Brasil", explicou.
A 26ª edição do Fórum Econômico Internacional acontece na cidade russa de São Petersburgo de 14 a 17 de junho.