Panorama internacional

Visita de Modi é mais significativa do que ida de Blinken à China, diz Sullivan citando 'competição'

Para conselheiro de Biden, a ida do premiê indiano a Washington é um "momento de transformação" para a relação EUA-Índia, já a visita de Blinken a Pequim acontece porque "competição vigorosa requer diplomacia vigorosa".
Sputnik
Em um briefing nesta sexta-feira (16) em Tóquio, Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional do presidente Joe Biden, minimizou a importância da viagem do secretário de Estado, Antony Blinken, à China atribuindo real importância à visita de Narendra Modi, da Índia, à Casa Branca na semana que vem.

"A viagem do secretário Blinken à China será um evento significativo, mas provavelmente não será o evento mais significativo da próxima semana no que diz respeito à política externa dos EUA", disse Sullivan citado pela Reuters.

O primeiro-ministro indiano chegará a Washington na quinta-feira (21) que vem, enquanto o secretário de Estado chega a Pequim antes, entre os dias 18 e 19.
Na China, um dos objetivos de Blinken será administrar a escalada para garantir que as duas maiores potências militares do mundo "não entrem em conflito", acrescentou Sullivan. "Competição vigorosa requer diplomacia vigorosa", sublinhou.
O comentário firme do conselheiro vem depois que a temperatura aumentou esta semana com a ligação do chanceler chinês ao secretário de Estado.
Qin Gang foi claro ao pedir a Washington que pare de se intrometer nos assuntos internos da China, acrescentando que os EUA devem respeitar as principais preocupações chinesas para impedir o declínio das relações entre as superpotências.
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O telefonema não foi recebido com bom tão pelos norte-americanos que em seguida declararam que a chance de um benéfico avanço nas relações sino-americanas era cada vez menor, e que a visita de Blinken era um momento para apenas "administrar nossa competição da maneira mais responsável possível".
A ida a Pequim será a primeira de um funcionário de alto escalão desde que Biden assumiu o cargo em janeiro de 2021, e ocorre após o cancelamento da viagem em fevereiro, depois que um suposto balão espião chinês voou pelo espaço aéreo estadunidense.
No Japão, Sullivan se encontrou com seus colegas japoneses, da Coreia do Sul e Filipinas para conversas sobre segurança regional.
"O progresso que foi feito nos laços da Coreia do Sul e do Japão e o fortalecimento do relacionamento bilateral tiveram um impacto profundo no fortalecimento do relacionamento trilateral entre nossos países", disse ele.
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