Panorama internacional

Com ajuda a Kiev, indústria de defesa ocidental tem problemas em acompanhar demanda de seus países

A OTAN reconhece o problema da escassez de armamentos nos Estados-membros, segundo o jornal Politico. Em julho, em uma reunião em Vilnius, os líderes da aliança assinarão um novo plano de ação no campo da produção de defesa, com objetivo de eliminar rapidamente esse déficit.
Sputnik
De acordo com a publicação, embora os Estados Unidos ainda possam apoiar a Ucrânia sem comprometer sua própria prontidão de combate, seus aliados na Europa entendem cada vez mais que estão em uma situação difícil.
Os ministros da Defesa da OTAN completaram sua reunião de dois dias em Bruxelas. Na sexta-feira (16), eles prometeram alocar assistência militar adicional à Ucrânia no contexto da contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia, diz Politico.
Neste sentido, os EUA e os países europeus estão intensificando os planos para criar mais armas para ajudar a Ucrânia no longo prazo, enquanto trabalham no reabastecimento de seus próprios estoques. A questão agora é se a indústria de defesa ocidental pode acompanhar a demanda.
Como observa a publicação, a necessidade de fornecer e apoiar a Ucrânia permanecerá por muitos anos, especialmente se o país se juntar à OTAN. Ao mesmo tempo, os países precisam de aumentar o financiamento para suas indústrias de defesa.
De acordo com fontes familiarizadas com as discussões, dezenas de empreiteiros de defesa se reuniram em Bruxelas esta semana para começar a desenvolver suas próprias recomendações para este plano.
A liderança da OTAN reconheceu o problema e passou a maior parte do ano passado tentando desenvolver um plano para integrar melhor as empresas americanas e europeias.

"A relação entre governos e a indústria nunca foi tão importante", disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, nesta quinta-feira (15), reconhecendo que "é claro que são os governos nacionais que assinam a grande maioria dos contratos", embora a "OTAN também desempenhe um papel crítico para a indústria".

Falando do novo plano de ação, Stoltenberg disse que "conectará a capacidade industrial de defesa da aliança de forma mais eficaz ao nosso planejamento de defesa" e "também facilitará mais aquisições conjuntas, ajudará a atender às metas de capacidade da OTAN e apoiará aliados na implementação dos padrões da OTAN".
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