Panorama internacional

Em virada, Biden diz que balão chinês nos EUA não deve ter sido 'intencional'

O presidente dos EUA deu uma nova avaliação sobre o incidente com o balão "espião" que sobrevoou o país, recusando condenar a China.
Sputnik
Joe Biden, presidente dos EUA, admitiu que a liderança chinesa não conhecia os detalhes do balão "espião" que foi abatido sobre os EUA e anunciou sua intenção de se reunir com o presidente chinês Xi Jinping nos próximos meses.

"Acho que uma das coisas que esse balão causou, não tanto de o termos derrubado, mas não acho que a liderança sabia onde estava, o que havia nele, o que estava acontecendo. Acho que foi mais embaraçoso do que intencional", comentou Biden, segundo a Casa Branca.

O presidente norte-americano reiterou sua intenção de se reunir com seu homólogo chinês.
"Espero me reunir com Xi novamente nos próximos meses e discutir nossas diferenças e como podemos nos dar bem", disse Biden.
Antony Blinken está em visita a Pequim, China, a primeira visita de um secretário de Estado dos EUA ao país desde 2018. A viagem deveria ter ocorrido em fevereiro, mas foi adiada. O motivo formal do adiamento, que Pequim não anunciou oficialmente, foi o incidente envolvendo um balão chinês. O balão cruzou o território dos EUA e foi abatido sobre o Atlântico. Washington declarou que o balão estava coletando informações de inteligência, mas Pequim nega.
As relações entre a China e os EUA têm se resfriado nos últimos anos em meio à divergência de opiniões em várias áreas. Em agosto de 2022, Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA (2019-2022), visitou Taiwan, o que levou a uma série de exercícios militares chineses em torno da ilha autogovernada. Também nesse ano, os EUA reforçaram a produção doméstica de chips, ao mesmo tempo que restringiram, em conjunto com os Países Baixos e o Japão, a exportação de chips avançados à China.
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