A venda de ajuda humanitária para os militares ucranianos na Ucrânia tornou-se um esquema inteiro, informou neste domingo (18) mídia ucraniana.
"A venda de ajuda humanitária está sendo feita há muito tempo. Vá a bazares e estude a variedade de plataformas de comércio na Internet: você encontrará muitas coisas interessantes. Os produtos da ajuda humanitária estão sendo vendidos em massa, especialmente uniformes. Há até etiquetas de 'não está à venda' em algumas coisas", contou Oleg Pendzin, chefe do Clube de Discussão Econômica da Ucrânia.
Segundo as informações, pode haver um esquema completo de venda de ajuda humanitária "quando as mercadorias são importadas sem impostos e taxas, sob o pretexto de ajuda humanitária, e depois não são entregues às unidades militares, mas vendidas no mercado aberto".
Outro esquema é "vender ajuda humanitária por meio de estruturas de controle". De acordo com um dos voluntários, já se tornou uma prática comum "pegar um dízimo" na fronteira.
"Por exemplo, você traz dez miras óticas, tem que devolver uma, e o preço dela pode chegar a 200.000 grívnias [R$ 26.118]. Há um fluxo de caminhões com ajuda humanitária para a Ucrânia, ou seja, é possível recolher uma boa massa às custas desse 'dízimo' uma parte bastante comercial. Se você se recusar e não der, eles criam problemas com a importação de mercadorias. Você pode ficar parado por dias, e eles estão esperando por nós na frente", de acordo com um voluntário.
Segundo ele, essas mercadorias aparecem mais tarde nos sites da Internet.
Anteriormente, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que mais de 650 casos de desaparecimento de ajuda humanitária para os militares foram detectados desde o início deste ano.