A iniciativa de continuar o apoio da Alemanha à Ucrânia foi debatida no Bundestag, o parlamento da Alemanha, nesta semana, tendo sido duramente criticada por Markus Frohnmaier, deputado do partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão).
Em seu discurso, o legislador do Bundestag questionou o que exatamente a liderança alemã busca construir na Ucrânia, que, segundo ele disse, foi financiada com um "pacote totalmente despreocupado".
Frohnmaier declarou que o povo da Alemanha está "cansado" dessa situação e não quer "pagar por Kiev para sempre". Ele criticou Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores, e Robert Habeck, ministro da Economia da Alemanha, por sua aparente vontade de apoiar a Ucrânia de qualquer maneira.
"Este governo, estes Bandera Baerbocks, estes Vladimir Habecks, estes administradores estrangeiros, não estão nem aí para a Alemanha", lamentou Frohnmaier, em referência ao altamente venerado em muitos círculos do país Stepan Bandera, colaboracionista nazi ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial, e Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, respectivamente.
A Alemanha declarou o apoio à Ucrânia após o começo da operação militar especial da Rússia, tanto na área militar como na área financeira e humanitária. Moscou, por sua vez, vê a Ucrânia como uma "anti-Rússia" que ameaça seu território, e aponta a ajuda à Ucrânia como não contribuindo para o final do conflito. As autoridades russas afirmaram por diversas vezes que destruiriam quaisquer suprimentos que chegassem para ajudar Kiev.