A União Europeia (UE) está importando gás natural liquefeito (GNL) da Rússia, apesar da pressão dos EUA, disse Patrick Pouyanné, diretor da empresa de petróleo e gás francesa TotalEnergies, em um artigo de sábado (17).
"Temos um contrato de 20 anos com a Rússia. Se não aceitarmos esse gás, teremos que pagar por ele mesmo assim. No dia em que os europeus decidirem sancionar o gás russo, poderemos invocar a 'cláusula de força maior' e interromper da noite para o dia. Por enquanto, a União Europeia está nos dizendo para seguir em frente, apesar da pressão americana", disse Pouyanné ao jornal francês Le Journal du dimanche.
Ele disse que os países da UE importaram 15 milhões de toneladas de GNL da Rússia em 2022, cerca de um sexto de suas necessidades totais de 100 milhões de toneladas.
Ele disse que seria difícil para a empresa explicar aos consumidores europeus por que eles teriam falta de gás no próximo inverno, no final do ano, se o consórcio interrompesse abruptamente os suprimentos.
A Alemanha tem planejado recentemente abrir um terminal de GNL ligado ao gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte).