Operação militar especial russa

Analista: Exército ucraniano poderá ser derrotado em Zaporozhie como nazistas na Batalha de Kursk

As forças ucranianas podem se encontrar em uma situação semelhante à das forças nazistas em Kursk, escreveu o colunista Stephen Bryen em seu artigo para o jornal Asia Times.
Sputnik
Segundo ele, a escala da Batalha de Kursk na Segunda Guerra Mundial foi muito superior aos atuais combates em Zaporozhie, mas em muitos outros aspectos as situações de 2023 e 1943 são semelhantes.
Bryen apontou semelhanças como o uso ativo de veículos blindados e minas, bem como as qualidades táticas aprimoradas do lado russo.
A Batalha de Kursk, que na verdade era um conjunto de operações estratégicas defensivas (de 5 a 23 de julho de 1943) e ofensivas (de 12 de julho a 23 de agosto de 1943) do Exército Vermelho contra o Exército alemão, é considerada a maior batalha de tanques da história.
De 2.700 tanques alemães envolvidos na batalha, 1.536 foram destruídos ou seriamente danificados, enquanto a União Soviética, tendo 3.600 tanques preparados para a batalha, perdeu da mesma maneira 2.471.
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Hoje, em Zaporozhie, os ucranianos estão tentando estabelecer cabeças de ponte com o objetivo final, se tiverem sucesso, de dividir as forças russas e ganhar acesso ao mar de Azov.

"Os ucranianos têm cerca de 12 brigadas treinadas pela OTAN para esse fim. Nove dessas brigadas têm tanques ocidentais, veículos de combate de infantaria [VCI], veículos blindados de transporte de pessoal [VBTP], veículos resistentes a minas e protegidos contra emboscadas [MRAP] e muitos outros equipamentos", escreve o analista.

Bryen observa que, ao contrário da Batalha de Kursk, agora, além dos drones e das armas de longo alcance guiadas com precisão, como os mísseis Storm Shadow britânicos, a Força Aérea ucraniana quase não participa da ofensiva.

"Os russos, no entanto, têm usado seu poder aéreo e seus drones de forma eficaz. O mais impressionante são os helicópteros Ka-52 equipados com mísseis Vikhr", destaca.

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O analista militar nota que as tropas russas estão se defendendo com eficácia dos ataques ucranianos.
"Não sabemos muito sobre as perdas russas em equipamentos e pessoal, mas parece que os ataques ucranianos estão sendo rechaçados em sua maior parte e custam caro para a Ucrânia e seus fornecedores ocidentais."
A Ucrânia já empenhou, segundo o artigo, cerca de 20 a 30% de suas forças na luta, inclusive as brigadas treinadas por especialistas da OTAN. E, embora não haja informações confiáveis sobre o número total de perdas ucranianas na ofensiva, "é de milhares", segundo mídia.
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Bryen nota que a Ucrânia não está mais usando seus blindados como ponta de lança de seus ataques às defesas russas, mas sim a infantaria.
Isso aumentou as baixas do lado ucraniano e também está afetando o moral, pois algumas unidades ucranianas estão se recusando a lutar ou estão destruindo seus próprios equipamentos e, em alguns casos, se rendendo aos russos, diz o artigo.
Entretanto, o especialista considera que a principal semelhança são as consequências das batalhas.

"Qualquer fracasso decisivo na Ucrânia provavelmente interromperá as tentativas de expansão da OTAN e exporá diversas fraquezas que podem levar anos para serem corrigidas – se é que podem ser corrigidas. [...] Hitler compreendeu quando a batalha de Kursk foi perdida, retirou e encerrou a Operação Barbarossa, a ofensiva para leste da Alemanha nazista. Se a ofensiva ucraniana continuar a tropeçar, Zelensky enfrentará uma escolha semelhante", conclui.

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