De acordo com as fontes do jornal, os Estados Unidos temem que a criação de um novo centro de treinamento em Cuba "possa levar ao estacionamento de forças militares chinesas e outras operações de segurança e inteligência a apenas 160 quilômetros da costa da Flórida".
"As discussões para a instalação na costa norte de Cuba estão em um estágio avançado, mas ainda não foram concluídas", relata o The Wall Street Journal.
De acordo com o jornal, a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, entrou em contato com autoridades cubanas na tentativa de impedir a conclusão do acordo. A Casa Branca se recusou a comentar essa informação ao jornal.
Anteriormente, surgiram relatos de que Havana e Pequim já estão compartilhando quatro estações de escuta em Cuba.
O The Wall Street Journal diz que várias autoridades de inteligência informam que Pequim vê suas ações em Cuba como uma "resposta geográfica" às relações dos EUA com Taiwan.
"O aumento da ansiedade em Washington em relação às ambições da China no Caribe e na América Latina ocorre em um momento em que o governo está tentando diminuir as tensões mais amplas com Pequim, que foram alimentadas por uma série de outras questões, inclusive o apoio dos EUA a Taiwan", nota o artigo.
Os Estados Unidos estavam monitorando uma visita planejada de um alto funcionário do Ministério da Defesa cubano a Pequim. As autoridades norte-americanas interpretaram a viagem como mais uma etapa das negociações sobre o centro de treinamento.
Fontes da mídia dos EUA informaram anteriormente que a China estaria supostamente usando uma base militar em Cuba para coletar informações sobre os Estados Unidos a partir de 2019.
Em 9 de junho, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba desmentiu informações sobre um acordo com a China para a construção de uma base militar destinada a espionar os Estados Unidos.
Mais cedo, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, John Kirby, disse que seu país está ciente dos relatos de um suposto acordo entre a China e Cuba para estabelecer uma base de espionagem chinesa na ilha, mas afirmou que são "falsos".