Panorama internacional

EUA estendem sanções à Coreia do Norte por 'ações provocativas, desestabilizadoras e repressivas'

Em plena disputa no Indo-Pacífico, Washington continua pressionando Pyongyang a abandonar seu arsenal nuclear através de sanções.
Sputnik
O presidente dos EUA, Joe Biden, renovou uma série de sanções econômicas contra a Coreia do Norte, bem como uma declaração de emergência nacional sobre supostas ameaças representadas pelas armas atômicas da República Popular Democrática da Coreia (RPDC).
A Casa Branca notificou os legisladores sobre a decisão na terça-feira (20), afirmando que Biden estenderia as sanções e o estado de emergência, que foram estabelecidos pela primeira vez por uma ordem executiva assinada pelo presidente George W. Bush em 2008.
"A existência e o risco de proliferação de material físsil utilizável em armas na península coreana [...] [continuam] a constituir uma ameaça incomum e extraordinária a segurança nacional, política externa e economia dos Estados Unidos", disse o presidente, citando as "ações provocativas, desestabilizadoras e repressivas" de Pyongyang.
A ordem executiva contém uma série de restrições à Coreia do Norte, incluindo congelamento de ativos, embargo comercial, proibição de viagens e proibições para empresas norte-americanas que desejam fazer negócios na Coreia do Norte. Embora a maioria dessas políticas já estivesse em vigor antes da ordem de 2008, a medida também declarou uma emergência nacional, que concede ao presidente amplos poderes sob certas circunstâncias.
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Biden exortou repetidamente o país asiático a desistir de suas armas nucleares, ecoando a posição de vários governos anteriores. Enquanto o ex-presidente Donald Trump supervisionou um breve degelo nas relações com Pyongyang, chegando a se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un na zona desmilitarizada, a diplomacia morreu sob a gestão Biden.
Desde que assumiu o cargo em 2021, o presidente autorizou uma série de exercícios militares conjuntos dos EUA com a Coreia do Sul, que o Norte condenou como prática para uma futura invasão. Em resposta, a RPDC realizou dezenas de testes de armas no ano passado, incluindo vários mísseis balísticos intercontinentais.
Durante uma visita a Pequim no início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu à República Popular que controlasse as "ações e retórica cada vez mais imprudentes" da Coreia do Norte, alegando que a China está em "uma posição única para pressionar Pyongyang a se engajar no diálogo". Um analista de política externa afiliado à Agência Central de Notícias Coreana, estatal da RPDC, respondeu mais tarde aos comentários, chamando a visita de Blinken de "uma viagem de mendicância vergonhosa".
O Ministério das Relações Exteriores da China também ofereceu uma resposta na terça-feira, dizendo que as tensões sobre a Coreia do Norte só poderiam ser resolvidas quando Washington abordar "as preocupações legítimas de todas as partes". Pequim já havia criticado os jogos de guerra dos EUA na península Coreana por inflamar as hostilidades, dizendo que eles só servem para provocar Pyongyang.
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