Segundo ele, muito provavelmente se chegará a um congelamento do conflito, e a Ucrânia receberá uma promessa vazia de adesão à OTAN, de modo que a equipe de Zelensky mantenha a face, relatou Najwyzszy czas.
O analista acrescentou que, juntamente com a aproximação iminente da cúpula da OTAN em 11 de julho em Vilnius, a Ucrânia está fazendo o possível para criar a impressão de que lançou uma ofensiva vitoriosa, que inevitavelmente levará a uma vitória final.
Kiev está tentando convencer a todos do mito do invencível Exército ucraniano, mas na verdade nem tudo é tão fácil, e esses sucessos são muito duvidosos.
"[...] Se esta contraofensiva se desenvolver com tal ritmo de tartaruga, receio que a vitória final antes da cúpula da OTAN em Vilnius não se torne realidade", apontou Michalkiewicz.
O especialista refere-se às palavras do general Leon Komornicki, que, segundo ele, é o único general polonês que até hoje manteve o senso da realidade. De acordo com o militar, o espectro da defesa russa foi amplamente projetado, por isso é difícil quebrá-la em muitas áreas simultaneamente, e isso está inevitavelmente associado a grandes perdas.
Por isso, segundo o analista polonês, os países da OTAN, para garantir à equipe do presidente Zelensky a oportunidade de sair dessa situação mantendo a face, tiveram a ideia de fazer uma promessa de adesão da Ucrânia à OTAN.
Ele enfatizou que "tal promessa vale pouco porque, de acordo com o Tratado de Washington, a decisão sobre adesão à OTAN deve ser unânime" e, além disso, o país deve cumprir uma série de diferentes condições, mas, de acordo com suas estimativas, muitas dessas condições a Ucrânia provavelmente não será capaz de cumprir por muito tempo.
Anteriormente, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky disse que a Ucrânia espera receber um convite claro para aderir ao bloco na cúpula da OTAN em Vilnius, Lituânia, em julho.
Apesar de o processo normalmente levar anos, Kiev aponta para um processo de adesão acelerado à UE e espera iniciar as negociações de adesão já neste ano, mas enfrenta a oposição de alguns membros do bloco, composto por 27 países.