"Um acordo de paz não é uma rendição. Acordo de paz, os dois envolvidos têm que ganhar alguma coisa, senão não tem acordo. Se você tem uma proposta que os dois têm que ceder 100%, não tem acordo, isso é rendição, isso é imposição", disse Lula, nesta quinta-feira (22), em uma coletiva de imprensa em Roma após sua visita à Itália e ao Vaticano.
"A primeira coisa a fazer é convencê-los a parar a guerra. Quando parar a guerra, sentar-se para conversar, até que a gente encontre um denominador comum. E isso leva tempo", destacou o presidente do Brasil.
"E quem sabe o que é necessário para ter um acordo são os ucranianos e os russos. Não sou eu, brasileiro, muito menos qualquer outra pessoa que não é nem russa nem ucraniana", observou Lula.
Segundo o presidente, é necessário que a Rússia e a Ucrânia se sentem à mesa de negociações e encontrem uma solução que possa garantir seus principais interesses.
Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Itália em visita oficial para se encontrar com o presidente Sergio Mattarella, a primeira-ministra Giorgia Meloni e o Papa Francisco no Vaticano.
No fim de maio, Lula manteve conversa telefônica com presidente russo, Vladimir Putin, durante a qual confirmou que "junto com a Índia, Indonésia e China, de conversar com ambos os lados do conflito em busca da paz".